O Ministério da Educação anunciou dia 8 de agosto de 2016, que irá suspender a Provinha Brasil a partir de 2017. Este ano, “por restrições financeiras” o exame, que mede o aprendizado de português e matemática no primeiro ano de alfabetização, não terá a versão impressa, apenas a digital, relata a Agência Brasil.
Segundo nota da presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, o exame será suspenso “até que sejam publicadas novas matrizes de referência para avaliação da alfabetização”.
A Provinha Brasil é aplicada aos alunos do 2º ano do ensino fundamental das escolas públicas. A avaliação é realizada duas vezes ao ano, no início e no final, e tem o objetivo de medir o aprendizado de português e matemática dos estudantes que passaram por, pelo menos, um ano de alfabetização. A aplicação da Provinha Brasil não é obrigatória e a adesão fica a cargo das secretarias de Educação.
“Por restrições financeiras e em razão das alterações curriculares que envolvem a Base Nacional Comum Curricular, a segunda edição da Provinha Brasil 2016 será disponibilizada exclusivamente em meio digital”, informa a nota. A versão digital do material estará disponível no portal do Inep em 15 de agosto. As dúvidas serão respondidas pelo e-mail provinha.brasil@inep.gov.br.
A agência de notícias do governo federal informa que esta não é a primeira vez que a avaliação da educação infantil é prejudicada. No ano passado, o Inep suspendeu a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), prova aplicada para alunos do 3º ano do ensino fundamental, etapa em que se completa o ciclo de alfabetização. Na época, a autarquia do MEC justificou a decisão como pedagógica, para que os dados da avaliação de 2014 terminassem de ser processados.
Apesar de dizer que espera as novas matrizes, a definição de critérios de avaliação do ensino básico já está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Além disso, ainda no primeiro semestre de 2015, o MEC divulgou algumas novas diretrizes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb). O novo sistema deveria conter a chamada Avaliação Nacional da Educação Infantil (Anei).
Os novos indicadores ainda deveriam ser discutidos e aprovados pelo Comitê de Governança do Sinaeb, composto pelo MEC, Inep, secretarias estaduais e municipais de educação e entidades da sociedade civil.
Outro fator que impactará na avaliação infantil é a definição da Base Nacional Comum Curricular, que definirá o que será ensinado na educação básica, menos o ensino médio, que terá uma versão própria. A Base, cujo documento está na segundo versão, está atualmente em fase de discussão em seminários estaduais e municipais.
Fonte: cgceducacao.com.br